MINISTÉRIO RENASEM SALVADOR BAHIA - RCC

Sejam Bem-Vindos! "Fazemos parte do Ministério de Seminaristas que comungam do carisma da RCC e juntos nos unimos através do retiro RENASEM para orarmos, reavivarmos a nossa fé, vocação e vivermos este carisma - Em particular, somos do Estado da Bahia e desejamos chegar ao coração das Dioceses do país com a nossa fraternidade e oração vivendo intensamente o processo formativo em nossos seminários".

quinta-feira, setembro 02, 2010

O Nosso Tesouro



Por Fernando Pereira
Coord. Estadual- Renasem BA


O que ou quem é o nosso tesouro? Esta é uma pergunta que abarca a existência. Na vida sempre nos deparamos com as nossas pérolas, pessoas e realidades que aos nossos olhos têm uma luz incomum, não encontrada em qualquer baú. É inato no ser humano dar significado à sua vida através daquelas realidades que lhe são caras e raras. Assim, olhar a Palavra de Deus é sempre se encontrar nas entre linhas de sua mensagem e perceber a pessoa de Cristo como o maior Tesouro, a fonte da beleza de todos os outros que guardamos no baú do coração.
Uma expressão do Evangelho talvez inquiete o coração: “O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo”. Diz-nos a Palavra que o homem ao encontrar o campo, vende seus bens e o faz com alegria. Em que consiste “esses bens”? Para o possuidor, de fato, essas realidades ocupam, na sua vida, um lugar de excelência, talvez sejam aquelas caras pérolas, que o mesmo as vende, logo, o mesmo coração alegre é também ferido, sabemos que a renúncia é sempre vinculada ao que nos é precioso, abrir mão não é uma tarefa fácil.
Dentre esses bens, há aqueles que não se exigem o sacrifício do abandono, mas o da mencionada renúncia, porém a mesma vem acompanhada com o gesto da oferta. Acredito que renunciamos a tudo pelo nosso maior Tesouro, Cristo, a razão de nossa vida, porém no meio desse “tudo” há realidades que não abrimos mão, mas que renunciamos e ofertamos ao Tesouro maior. Oferta-se para encontrar em Cristo o verdadeiro significado e lugar que as mesmas devem ocupar na nossa vida, pois a centralidade deve ser da riqueza encontrada no meio do campo.
O homem não compra apenas o tesouro, ele compra o campo. Ele abraça o espaço onde está localizado o seu Bem maior, a pessoa de Jesus, que é o Reino na sua plenitude, a qual é encontrada no concreto da vida. Cristo se mostra na nossa linguagem e se utiliza das nossas riquezas para se deixar encontrar, me refiro a pessoas, a experiências corriqueiras, em síntese, aos bens que ofertamos. Compramos o campo, o campo são os nossos tesouros, os meios pelos quais Cristo se revela; esses mesmos tesouros que renunciamos, mas que não sacrificamos, é no meio deles que encontramos o que a eles é superior, o Tesouro maior, encontramos o reino, encontramos Jesus.
O amor de Deus, como nos diz São Paulo, é semelhante a um amor ciumento. É um amor que não admite um coração dividido, requer um coração que guarde a sua maior riqueza e nela abrace as demais realidades da sua vida, sendo que todas essas terão seu valor e importância por causa do essencial. Na nossa vocação é esse o exercício, amar tudo em Deus, pois quanto mais valioso é aquilo que deixamos, tanto mais valioso se tornará a nossa vocação para nós. Cristo é a nossa vocação, é o nosso tesouro, é o nosso critério... “quem se gloria, glorie-se no Senhor”.

Um comentário:

Unknown disse...

Profunda reflexão, Deus abençoe, abraço a todos os visitantes do blog.

Taciano Souza

Coor. Estadual RCC - BA