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O Super-Homem
Nietzsche chama de Super-homem o indivíduo que aceita a sua vida com todas as suas circunstâncias e tragicidades. Neste sentido, o Super-homem não é um indivíduo qualquer, ele estará por vir, mas de onde virá esse além homem? Ora, para Nietzsche, ele surgirá das cinzas de Deus e romperá definitivamente com toda tradição, a fim de se libertar. E ao se libertar encontrará, a partir do conceito dionisíaco da embreaguez criativa, o sentido da terra.
Sendo assim, o Super-homem é, para Nietzsche, o filósofo que se liberta das antigas cadeias doutrinárias e encontra, na terra, o sentido de sua existência. Sentido este que não se encontra nas coisas celestes, mas na aceitação e afirmação da própria vida. Logo, ele aprende a conviver com a tragicidade da vida, encontrando a vontade de potência - o dominío de si e a aceitação da vontade - de uma vontade tal qual a da moral dos nobres, dos aristocratas, moral do triunfo e aceitação da vida, e não da negação, tal qual a de seu mestre Schopenhauer, que em nome de uma vida ascética nega, portanto, a vontade.
Portanto, o Super-homem que Nietzsche nos fala ainda virá; surgirá das cinzas de Deus e, certamente, ele amará o sentido da terra e descobrirá em Dionísio a força para viver, de modo que o sentido da terra e a aceitação da vida lhe estarão sempre presentes, dando-lhe coragem e vontade de poder, pois Deus, agora, está morto. Viva o Super-homem!
Escrito pelo seminarista, José Vieira da Silva Filho, seminarista da Diocese de Bonfim-BA, residente no Seminário Central São João Maria Vianney em Salvador-BA e é membro do Ministério Renasem
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